Alta da gasolina leva Ministério da Fazenda e Petrobras a se desentenderem
A
definição de uma fórmula de reajuste da gasolina e do diesel, para
reforçar o caixa da Petrobras e garantir o cumprimento de seu plano de
investimento, causou desconforto entre a estatal e o Ministério da
Fazenda.
A equipe
econômica concorda em criar um mecanismo que dê "previsibilidade" para a
Petrobras, mas não gostou da forma como o assunto foi tornado público
nem do modelo aprovado pela diretoria da empresa.
A Folha apurou
que o ministro Guido Mantega (Fazenda) manifestou sua insatisfação
durante conversas com diretores da estatal na sexta-feira passada, após a
reunião do conselho de administração, órgão que é presidido por ele.
Na avaliação de
assessores presidenciais, a Petrobras pressionou "publicamente" o
governo a aprovar sua proposta o quanto antes, quando ainda não havia
autorização final para o modelo sugerido pela diretoria da estatal.
Irritou o
Ministério da Fazenda a forma como a Petrobras discutiu o tema na mais
recente reunião do conselho de administração, registrando em ata que a
diretoria da empresa havia aprovado uma fórmula de reajuste automático
para gasolina e diesel.
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